Minas Gerais

...e viva seu povo e sua cultura! Um viva à sua arte que encanta e emociona! Suas paisagens e artistas....

Pôr do Sol - Serra do Cipó

Pôr do Sol - Serra do Cipó

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Lei Federal de Incentivo a Cultura

Nos últimos 3 anos, o Ministério da Cultura - MinC tem priorizado a construção e implementação de políticas claras e duradouras para a área cultural. Esse esforço tem por finalidade evitar a sazonalidade, reforçar o foco no cidadão, sedimentando uma orientação pública de longo prazo em favor da Cultura. A nova diretriz do MinC baseou-se em uma concepção mais ampliada de Cultura, considerando-a em suas três dimensões: 1) enquanto produção simbólica (foco na valorização da diversidade, das expressões e dos valores culturais); 2) enquanto direito e cidadania (foco nas ações de inclusão social por meio da Cultura); e 3) enquanto Economia (foco na geração de empregos e renda, fortalecimento de cadeias produtivas e regulação). Essas dimensões passaram a nortear as ações do MinC, como tripé fundamental para o desenvolvimento das novas políticas culturais sob responsabilidade do Órgão. Deve-se agregar, ainda, outra dimensão política-institucional que trata da reformulação das estruturas físicas e operacionais do Órgão, para dotá-lo de mecanismos necessários à realização de suas ações. Insere-se nesse contexto, também, a sistematização das políticas públicas para o setor, como a criação das Câmaras Setoriais - onde representantes das áreas de teatro, música, livro e leitura, dança, artes visuais e circo aprofundam propostas setoriais para aperfeiçoamento da ação pública em cada um desses segmentos; do Sistema MinC – fórum criado internamente pelo Órgão para aproximar e fortalecer o debate entre os responsáveis pelas ações da Pasta; do Plano Nacional de Cultura e dos Sistemas Nacional e Federal de Cultura – que estabelecerão as parcerias entre os diferentes entes governamentais para detectar oportunidades, evitar sobreposição de esforços e integrar a ação pública em todo o território nacional. O incentivo e fomento a programas, projetos e ações é outro aspecto cristalizado no Ministério da Cultura por intermédio da Lei de Federal de Incentivo à Cultura e da Lei do Audiovisual. O Fundo Nacional Cultura destina recursos a projetos culturais por meio da cessão a fundo perdido enquanto o Mecenato viabiliza benefícios fiscais para investidores que apóiam projetos culturais sob forma de doação ou patrocínio. Estes mecanismos são operacionalizados pela Secretaria de Incentivo e Fomento à Cultura e pela Secretaria de Audiovisual, em parceria com a Agência Nacional de Cinema – ACINE.Essa seção não pretende esgotar todo o universo das políticas do MinC, mas demonstrar, de modo sintético, o alcance e o objetivo de seus programas e ações. Aqui, você encontrará iniciativas direcionadas à juventude das periferias das cidades ou de regiões com maior acúmulo de situações de risco; ações voltadas para as comunidades negras, indígenas e para outros segmentos sociais; ações de preservação do patrimônio material e imaterial do País; ações de fomento a projetos cinematográficos e audiovisuais; ações destinadas à ampliação do acesso da população aos bens e serviços culturais, dentre tantas outras. Pela centralidade da Cultura - a revisão do PPA do MinC 'É preciso entender que a Cultura é a estrada pela qual todos os aspectos da sociedade transitam. Tudo se passa e se reflete nessa estrada. Essa é a via única que leva ao grande espetáculo da identidade singular e plural do povo brasileiro. (...) A Cultura é como uma argamassa que permeia todo o tecido institucional e social.' Ministro Gilberto Gil Audiência Pública, 20 de maio de 2003 Programa Cultural para o Desenvolvimento do Brasil O Programa Cultural para o Desenvolvimento do Brasil - lançado no dia 29 de novembro de 2006 pelo ministro da Cultura, Gilberto Gil - sintetiza o trabalho realizado pelo Ministério da Cultura nos últimos quatro anos e aponta os desafios para o futuro. O ministro Gil destacou que a apresentação do documento é oportuna: "Passadas as eleições, toda a agenda política do país começa a convergir para necessidade de pactuação de um projeto que assegure o crescimento econômico e a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros."
Link:

http://www.cultura.gov.br/apoio_a_projetos/index.html

Educação Ambiental

Núcleos de Educação Ambiental - Minas Gerais
O Estado de Minas Gerais possui grande extensão territorial e uma gama bastante diferenciada de aspectos sociais, econômicos e culturais. A Educação Ambiental tem dado uma importante contribuição , na medida em que gera conhecimentos, ações e reflexão crítica, influenciando a transformação da realidade e conduta das pessoas. Dentre os trabalhos das Unidades Descentralizadas destacamos :
Projeto de ordenamento do ecoturismo: Carrancas na trilha de um turismo ordenado. Vem sendo desenvolvido pelo escritório regional do IBAMA - Lavras/MG, em parceria com UFLA; UEMG-Campus de Lavras e Terra Assessoria. Carrancas , possui grande potencial turístico e é alvo de ações mercadológicas. O objetivo do projeto é despertar a comunidade para o seu importante papel no processo de ordenamento e a necessidade de engajamento na gestão ambiental do município.
Ainda nesta Unidade, o projeto Conhecendo e Aprendendo sobre Erosão e Assoreamento, nos municípios de Madre de Deus e Itutinga. O manejo inadequado das pastagens agravam o processo erosivo na região . O objetivo é proporcionar aos municípios citados, a capacidade de mobilização participativa na busca de um novo modelo de desenvolvimento rural.
Projeto Água é Saúde?. Em parceria com alunos do Centro de Educação da Criança – CEC/ Lavras, COPASA e UFLA, objetiva proporcionar condições aos alunos de vivenciar problemas relacionados à gestão ambiental e de recursos hídricos
O Parque Nacional da Serra do Cipó localiza-se próximo a Belo Horizonte. Sendo uma região de grande beleza cênica, o desenvolvimento do turismo aconteceu de maneira desordenada, causando sérios prejuízos ao meio ambiente..
O IBAMA em parceria com o UNICENTRO Newton Paiva , desenvolve o Projeto de Educação Ambiental e Ordenamento do Espaço Turístico no PARNA Serra do Cipó e APA Morro da Pedreira. O objetivo é atuar junto aos visitantes e a comunidade local, com atividades educativas como as de capacitação e resgate cultural.
A Unidade de Paraopeba vem sendo alvo de graves conflitos sócio-ambientais como: a extração ilegal do minhocuçu e a extração desordenada da pedra ardósia. Partindo deste contexto foi consolidada parcerias com as Prefeituras Municipais de Paraopeba e Matozinhos, desenvolvendo o Projeto de Capacitação para Formação de Agentes Multiplicadores em Educação Ambiental.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Pontos de Cultura

O Ponto de Cultura é a ação prioritária do Programa Cultura Viva e articula todas as demais ações do Programa Cultura Viva. Iniciativas desenvolvidas pela sociedade civil, que firmaram convênio com o Ministério da Cultura (MinC), por meio de seleção por editais públicos, tornam-se Ponto de Cultura e fica responsável por articular e impulsionar as ações que já existem nas comunidades. Atualmente, existem mais de 650 Pontos de Cultura espalhados pelo país e, diante do desenvolvimento do Programa, o MinC decidiu criar mecanismos de articulação entre os diversos Pontos, as Redes de Pontos de Cultura e os Pontões de Cultura.
O Ponto de Cultura não tem um modelo único, nem de instalações físicas, nem de programação ou atividade. Um aspecto comum a todos é a transversalidade da cultura e a gestão compartilhada entre poder público e a comunidade. Para se tornar um Ponto de Cultura é preciso participar da seleção por meio de edital público – até hoje a Secretaria de Programas e Projetos Culturais do MinC, que coordena o Programa Cultura Viva, já emitiu quatro editais.
Quando firmado o convênio com o MinC, o Ponto de Cultura recebe a quantia de R$ 185 mil (cento e oitenta e cinco mil reais), divididos em cinco parcelas semestrais, para investir conforme projeto apresentado. Parte do incentivo recebido na primeira parcela, no valor mínimo de R$ 20 mil (vinte mil reais), é utilizado para aquisição de equipamento multimídia em software livre (os programas serão oferecidos pela coordenação), composto por microcomputador, mini-estúdio para gravar CD, câmera digital, ilha de edição e o que for importante para o Ponto de Cultura.
O papel do Ministério da Cultura é o de agregar recursos e novas capacidades a projetos e instalações já existentes. Além disso, o MinC também oferece equipamentos que amplifiquem as possibilidades do fazer artístico e recursos para uma ação contínua junto às comunidades.
Links:

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

(P:03) Santa Bárbara


Notícia:

A cidade na verdade começou como "Vila de Santo Antônio do Rio Santa Bárbara" pelo então bandeirante paulista Antônio Bueno, em 04 de dezembro de 1704, que ali encontrou ouro de aluvião em abundancia. Posteriormente se tornou importante passagem na rota entre a corte, no Rio de Janeiro, e as minas do centro/norte de Minas Gerais (Estrada Real - Caminho dos Diamantes). Foi elevada à condição de Município em 1858 com o nome da "Santa Bárbara do Mato Dentro". Nessa época seu território abrangia os atuais municípios de Barão de Cocais, Catas Altas, São Gonçalo do Rio Abaixo, Bom Jesus do Amparo. No início do século XX teve nova fase de desenvolvimento como entreposto comercial, como última estação da estrada de ferro na ligação com o grande sertão mineiro. A cidade de mais 300 anos comemorados em 2007 ainda conserva sua beleza e encantos naturais, com muito verde e uma vista privilegiada, a exemplo da Serra do Caraça. O acervo histórico é muito rico e a cidade está em perfeita harmonia com a natureza, se desenvolvendo com investimentos crescentes na valorização de suas raízes. Assim, sempre oferece opções de entretenimento, folclore, artes, religiosidade e desperta a potencialidade do ecoturismo. Santa Bárbara, cidade para se morar, ver e se viver. Terra de um ex-presidente do Brasil, Affonso Penna. Santa Bárbara é Terra de gente acolhedora.

Análise:

Santa Bárbara é uma importante cidade descoberta no período do ouro, e que ainda conserva grandes riquezas adquiridas nesta época. O seu patrimônio histórico-cultural é constituído por igrejas, casarios, museus, e também festas tradicionais. Além disso está localizado próximo a cidade, o Parque do Caraça, um importante atrativo turístico do estado de Minas Gerais.
O potencial turístico é facilmente observado quando se chega a Santa Bárbara, entretanto, apesar de todo potencial a cidade deixa a desejar no que diz respeito a serviços e equipamentos turísticos.
Apesar de ter uma grande potencialidade turística devido ao seu acervo conquistado no período da mineração, a cidade ainda não conseguiu se estruturar para o desenvolvimento do turismo.
Com a riqueza de seu patrimônio histórico-cultural, que é praticamente todo tombado pelo Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico – IEPHA, Santa Bárbara, poderia está explorando e divulgando mais a sua história e fazendo com que as pessoas deixassem de ir a cidade apenas para passar o dia ou ser ponto de encontro e de partida para quem vai visitar o Santuário do Caraça, que pertence ao município de Catas-Altas.


Proposta:

Para que o turismo possa crescer e desenvolver na região, é necessária a criação de uma sinalização turística, além da melhoria da sinalização de trânsito e das estradas que dão acesso a cidade.
É perceptível a necessidade de criação de novos postos de informação ao turista, com pessoas capacitadas para tal atividade, assim como melhorias no terminal de passageiros, como higiene dos banheiros, estética do local e atendimento.
Através de um pesquisa da demanda turística de Santa Bárbara realizada no 5 º períodos foi possível perceber que existem alguns roteiros turísticos na cidade, mas ainda são insuficientes para receberem turistas em âmbito nacional, uma vez que 92% das pessoas que visitam o município são de Minas Gerais e apenas 8% de outros estados. Por isso a criação e qualificação de novos roteiros, assim como a divulgação da cidade nas vias de comunicação, é muito importante para receber um número maior de visitantes, e com isso favorecendo outros setores e conseqüentemente a população.
É importante também a inserção da comunidade à atividade turística, através de projetos que ajudem os moradores a conhecerem a história da cidade, entender o valor do turismo para o município.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

(P:02) Roteiro Cultural

Notícia:

Centros culturais: espaço para a arte popular

Centros Culturais: uma tentativa constante de descentralização da culturaOs Centros Culturais, criados para atender as demandas das comunidades, hoje vivem uma nova fase, a de mostrar que cultura não é apenas arte, mas reflexão política. Mesmo tentando sanar dificuldades que vão das verbas a falta de participação popular formal, estes espaços mostram a importância que tem para a cidade.Em 1992, Belo Horizonte inaugurou seu primeiro Centro Cultural, o Lagoa do Nado, na Regional Norte da capital. A idéia de construir estes espaços na cidade nasceu a partir de uma discussão de descentralização cultural, iniciada no final da década de 1980, quando foi criada a Secretaria Municipal de Cultura. “Começamos a desenhar uma política mais democrática para atender a diversidade cultural da cidade”, explica Abilde Carneiro, chefe do Departamento de Coordenação dos Centros Culturais da Fundação de Cultura de BH. A partir do artigo 166, do Capítulo da Cultura da Lei Orgânica do Município, promulgada em 1990, os movimentos culturais expandiram a discussão sobre a implantação de espaços em diversas regiões. O objetivo era ampliar o acesso da periferia aos equipamentos públicos, pois até então o único equipamento municipal de cultural era o Museu da Pampulha.Hoje, quatorze anos após o surgimento do primeiro Centro Cultural, Belo Horizonte tem, ao todo, quatorze equipamentos culturais aprovados pelo orçamento participativo. Deste total, três estão funcionando:Centro Cultural Alto Vera Cruz, Centro Cultural Pampulha e Centro Cultural São Bernardo; oito ainda não tiveram as obras iniciadas e três estão com ordem de serviço assinada. A previsão é que, ainda no próximo mês, Venda Nova, Vila Marçola e Regina/Lindéia começem a ser construídos. Os demais foram aprovados, mas ainda não há previsão de início da construção. São eles Centro Cultural Santa Tereza, Centro Cultural do Urucuia/ASCA, Centro Cultural Padre Eustáquio, Centro Cultural Vila Fátima, Centro Cultural Salgado Filho, Centro Cultural São Geraldo e Adjacências, Centro Cultural do Jardim Guanabara e Centro Cultural Vila Santa Rita. Os Centros Culturais Zilah Spósito, Centro de Cultura Belo Horizonte, Lagoa do Nado e Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira foram implantados com recursos diretos da prefeitura. A construção de Centros de Cultura foi a primeira demanda cultural do OP e surgiu logo na discussão do segundo centro cultural da cidade, o do Alto Vera Cruz. “O Centro Cultural Alto Vera Cruz (CCAVC) tem particularidade fantástica, por causa do estrangulamento social, a comunidade abraçou esta prioridade no orçamento”, relata Abilde Carneiro. “A partir do CCAVC as demandas no OP começam a ampliar”, completa.Entre 2001 e 2004, os centros culturais ficaram sob a responsabilidade das regionais, como uma tentativa da Secretaria Municipal de Cultura de fortalecer a descentralização geral da administração do município. Hoje, novamente sob a gerência da Fundação Municipal de Cultura, seguem as diretrizes da instituição. A fundação avalia o momento em que os centros eram subordinados as regionais como uma oportunidade de diagnóstico do que realmente precisava ser feito. “Constatou-se que ao mesmo tempo em que a descentralização fortaleceu as regionais deu a elas responsabilidades demais, que elas não deram conta de cumprir. A política cultural estava começando a se descentralizar, estava sendo gestada”, diz Bernardo da Mata Machado, atual Diretor Especial de Equipamentos Culturais da Fundação. Um espaço para produzir culturaUma das propostas dos centros é oferecer as comunidades um espaço de formação para cidadania e condições para a produção cultural e o fazer artístico. No entanto, apesar da importância incontestável destes locais, ainda existe muito a ser feito. “A casa ainda não está pronta. Quando pensamos no Orçamento participativo não basta apenas construir uma casa de qualquer jeito. Eu tenho que fazer uma casa que tem um bom som, uma boa iluminação, um bom acesso”, diz Lindalva Macedo, coordenadora do Centro Cultural do Alto Vera Cruz. Marcos Donizetti, integrante do grupo de rap Artilharia Pesada, do Alto Vera Cruz, diz que para que os centros culturais cumpram plenamente sua proposta é preciso algumas readequações. “O centro cultural é um espaço interessante, apesar de faltar alguns equipamentos e capacitação para os grupos culturais utilizá-los. Muitas vezes os grupos não entendem a proposta dos centros. Muitas vezes utilizam estes lugares apenas como espaço para ensaio”, avalia o rapper. Ele afirma que uma das maiores dificuldades do Artilharia Pesada, por exemplo, é a falta de alguns equipamentos, como microfone para ensaiar. A divulgação das ações dos centros culturais é um gargalo apontado tanto pela gestão dos centros, quanto pelos próprios grupos. De acordo com Lindalva Macedo, tem pessoas do Alto Vera Cruz que não conhecem o Centro Cultural. “Divulgar cultura é uma política. Tem muita gente na região que não conhece o CCAVC, apesar do espaço ser freqüentado por pessoas do Taquaril, Granja de Freitas, Saudade e até São Geraldo”. Marco Donizetti, partilha da mesma opinião e acrescenta “Os próprios grupos que estão há mais tempo envolvidos com os centros culturais tem esta obrigação”. De toda forma, divulgação requer preparativos para receber a demanda e a coordenadora do Centro Cultural Alto Vera Cruz diz que a prefeitura tem consciência da necessidade de algumas reformas. “A própria prefeitura está readequando o Centro Cultural. Isso faz parte das nossas ações políticas. A prefeitura está preocupada sim. Muita coisa aqui já melhorou. Estas readequações são possíveis e urgentes, mas é um processo, não acontece da noite para o dia” explica Lindalva. A participação popular, apesar de ser uma mola propulsora, ainda é uma ação informalApesar de ser uma demanda dos movimentos sociais e das próprias comunidades, a participação popular na gestão dos centros ainda é incipiente. “Ainda é pequena a participação popular na gestão dos centros. Precisa melhorar muito. Na última conferência de cultura, a criação de um conselho ficou muito presente. A juventude organizada também tem falado muito nisto”, avalia Lindalva Macedo.A Fundação Municipal de Cultura revela que esta participação não é mesmo formal e nem oficial. Ainda hoje, quase uma década e meia após a criação do primeiro centro cultural ainda não existe um Conselho Popular oficial. “Entendemos que a gerência administrativa é do município, mas a gestão tem que ser o mais participativa possível”, admite.”Inicialmente, na Lagoa do Nado, existia uma comissão consultiva. Praticamente todos os centros culturais tinham Fóruns informais, mas perdemos um pouco este mecanismo de participação, a partir de 2001 quando os centros culturais foram para a responsabilidade das regionais”, explica. Para o antropólogo e doutor em Comunicação e Cultura, José Márcio Barros, apenas o consumo do produto não configura participação popular. “A participação popular na gestão de espaços públicos só acontece se você tem estruturas formais de co-gestão. As comunidades locais não participam da gestão dos espaços públicos de cultura porque não existem conselhos. Não havendo conselhos, tudo se reduz a uma parceira”, analisa.Descentralização em expansãoReinaldo Santana, do grupo Vozes do Rap, conta que não só os grupos culturais, mas a comunidade da Serra abraçou a luta pela construção de um centro cultural. Através do levantamento de dados, realizado em 2003 para elaboração do Guia Cultural de Vilas e Favelas, foram analisadas as condições em que os artistas da comunidade trabalhavam e diagnosticou-se uma demanda por um espaço que servisse para a troca de experiências e a interlocução entre os artistas. Para os representantes do Criarte, coletivo artístico do Aglomerado da Serra, a aprovação do Centro Cultural da Vila Marçola no OP é fruto do esforço da comunidade pela ampliação do exercício da cidadania e do direito a arte a informação.A Polêmica do DiagnósticoAlguns grupos acreditam que os Centros Culturais deveriam ouvir mais as comunidades. “Ainda falta uma discussão com os grupos para ver a dificuldade deles, ainda falta este diálogo”, diz o vocalista do Artilharia Pesada. Lindalva, do Centro Cultural Alto Vera Cruz conta que este diálogo existe e que ele é processual. “Nós escutamos a população para que as ações sejam um retrato do que ela quer. Os grupos culturais e a biblioteca apontam para nós as demandas”, diz Lindalva. “Havia uma comissão gestora atuante desde a implantação do Centro cultural que facilitava o diálogo entre a comunidade e a gestão do CCAVC. A comissão era formada pelos grupos culturais”, conta Alcides Pereira de Souza, membro do Centro de Ação Comunitária do Alto Vera Cruz. “Existe uma certa burocracia no atendimento do Centro Cultural às demandas, o que dificulta a realização das aspirações, dos sonhos que mobilizaram o Alto Vera Cruz a lutar por um centro cultural”, termina. José Márcio Barros explica que o diagnóstico participativo é um processo realizado tanto junto aos sujeitos que participam quanto junto aos outros, que não participam ou se envolvem com determinada realidade. “Fazer apenas reuniões com a comunidade é reduzir demais o conceito de participação”, avalia. “Ao longo de dez anos, ainda não chegamos a oferecer para a população talvez o que ela mais queira, por exemplo, na área do samba e do pagode, lamenta Lindalva. De acordo com ela, este tipo de dificuldade surge muito em função da aproximação que o grupo faz do espaço. “Muito importante numa gestão é um relacionamento com os grupos culturais organizados. Não basta apenas ser grupo cultural, tem que estar organizado para colocar suas demandas”, ressalta a coordenadora do grupo.A Fundação de Cultura diz que não existe espaço específico para colocação das demandas da comunidade, mas que elas são coletadas e absorvidas pelos centros culturais no decorrer do tempo, “Ainda não existe um momento pontual para o diagnóstico, ele se dá no cotidiano. Os centros estão muito integrados nos locais onde estão instalados Talvez num futuro caminhemos para uma formalização disto”, revela Bernardo da Mata Machado. Ele diz ainda que na hora de propor as ações existe a participação de todos os envolvidos. “Há um movimento duplo, a sociedade empurra o poder público e ele responde. Em determinados momentos ele é o proponente e em outros é a sociedade”, explica. Projeto Olhares sobre Belo HorizonteOlhares sobre Belo Horizonte: os centros culturais e seu lugar na cultura da cidade, é um projeto iniciado em fevereiro de 2006 que vai até o fim do primeiro semestre. A iniciativa promove a descentralização cultural através de atividades realizadas nos Centros Culturais Alto Vera Cruz, Liberalino Alves de Oliveira, Zilah Spósito, Pampulha e São Bernardo, oferecendo programação gratuita. Um dos objetivos é a revitalização dos Centros Culturais promovendo diversas atividades, incluindo oficinas, shows musicais, espetáculos teatrais, circo, dança, mostras de cinema, utilização de bibliotecas, palestras e seminários. O projeto abrange dois eixos temáticos: o da formação cultural e o de identificação. Dentro do projeto existem ainda duas outras ações: incentivo à leitura e reflexão; difusão e intercâmbio cultural. “O Projeto Olhares aponta na direção de que a cultura não é só dançar cantar e interpretar, ela passa pela reflexão, pela leitura, é uma somatória de ações o projeto”, diz Denisia Martins Borba, técnica da Fundação Municipal de Cultura. O Centro Cultural Alto Vera Cruz (CCAVC) foi criado em 1996, com verba aprovada pelo Orçamento Participativo de 1995. Promove cursos, oficinas, eventos, debates, seminários, encontros e palestras e dispõe de uma biblioteca, voltada especificamente ao público infanto-juvenil.
Análise:
Belo Horizonte é uma cidade rica em manifestações culturais. No entanto, essas manifestações são na maioria das vezes centralizadas em poucos espaços de cultura.
Olhando o Guia Turístico de Belo Horizonte e o site da Belotur, que são um dos dois principais meios de divulgação da cultura belorizontina, percebe-se que são divulgados apenas os mais importantes e conhecidos espaços de cultura, deixando despercebido para o turista e também para a população praças, parques, ruas e centros culturais espalhados em vários bairros da cidade.
Estes espaços estão esquecidos não só por falta de divulgação, mas também por falta de apoio que possa garantir a infraestrutura e a qualidade do local.
Proposta:
A proposta é um roteiro cultural realizado durante 1 semana em vários pontos (turístico ou não)da cidade.
As apresentações culturais serão de artistas mineiros acontecerá em ruas, praças e também nos centros culturais.
A idéia é que as manifestações sejam feitas por associações e ONG'S envolvidas com a cultura em Belo Horizonte e também por artistas mineiros não consagrados.
O objetivo do roteiro é fazer com que os turistas e a comunidade se desloquem por toda a cidade tendo a oportunidade de conhecer vários lugares de Belo Horizonte, que não aparecem no Guia Turístico.
Links:

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

(P:01) Folclore

Notícia:
43º Festival de Folclore em Olímpia.

http://www.cultura.gov.br/noticias/noticias_do_minc/index.php?p=28712&more=1&c=1&pb=1

22 de Agosto - Dia do Folclore

http://www.cultura.gov.br/noticias/noticias_do_minc/index.php?p=29072&more=1&c=1&pb=1

Análise:

Folclore são as manifestações culturais de um povo, seja através da música , dança, artesanato, culinária, histórias, vestimentas, etc. Ele faz parte do patrimônio imaterial de um local, por isso a valorização das manifestações folclóricas tendem a enriquecer o patrimônio cultural de uma região.
O folclore, além de ser uma maneira de resgatar as tradições de um povo, é também uma de forma de compreender a cultura atual.
E por que não tornar o folclore a marca de uma cidade, fazendo com que as pessoas "de fora" , os turistas, conheçam e participem das tradições daquele local, permitindo a troca de experiências?
Em minha opinião, o turismo não é uma forma de descaracterização da cultura e sim um jeito de agregar experiências, conhecimento e vivência. O turismo pode até modificar uma cultura, mas nunca acabar com a tradição de um local, pois mesmo que a cultura seja nova ela tem vestígio do passado.

Proposta:

Uma das reportagens acima fala sobre o Festival de Folclore de Olímpia. Este festival para a cidade é uma forma de atrair turistas, movimentado a economia e trazendo desenvolvimento para o local.
Existem algumas cidades que são consideradas pelo turismo "cidades de passagem", onde o turista geralmente só passa o dia ao invés de pernoitar no local. Para estas municípios, é muito importantes a realização de uma calendário de eventos, como uma forma de "segurar" o turista.
Os festivais, sejam de folclore, música, dança, literatura e outros, são sem dúvida, uma "boa pedida" para os calendários de eventos, pois geralmente duram mais de um dia. Eles acontecendo com bastante frequência e cada vez mais aumenta o número de cidades que aderem este tipo de evento.
Os festivais devem ser SENTIDOS pelas pessoas através dos 5 sentidos e não só pela visão. Eles são a representação da tradição de um local e devem levar para a população e para os turistas não só o patrimônio material da cidade, mas também uma cultura que não pode ser vista e nem tocada.
Mas como fazer o turista participar de um festival de uma maneira diferente que não simplesmente tirando fotos? Na progamação de um festival, além de espetacúlos de danças, teatros, atrações musicais e etc, devem ser propostas oficinas, cursos e debates para que o turista seja inserido na cultura daquele local, favorecendo a troca de experiência entre população e visitante e servindo também como um momento de convivência.


Links:

http://www.jangadabrasil.com.br/index.asp

http://www.manuelzao.ufmg.br/festivelhas2/folder_proposta2

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

" A Arte de Ler"

"O leitor que mais admiro é aquele que não chegou até a presente linha. Neste momento já interrompeu a leitura e está continuando a viagem por conta própria."

Mário Quintana - Caderno H

Blog criado a partir da disiplina de Projetos Turístico
8º PE (...e último) do curso de turismo da Newton Paiva.